O ministro destacou que a morosidade processual facilita a impunidade, especialmente nos casos de “crimes do colarinho branco”
Durante o Seminário Caminhos Contra a Corrupção, promovido pelo Estadão e o Instituto Não Aceito Corrupção, o ministro Edson Fachin, vice-presidente do STF, abordou a necessidade de acelerar os processos judiciais no Brasil. Fachin destacou que a morosidade processual facilita a impunidade, especialmente nos casos de “crimes do colarinho branco”.
“As investigações são lentas e falhas, dificultando a coleta de provas robustas, que muitas vezes enfraquecem com o tempo, resultando até em prescrições”, afirmou o ministro.
Para ele, a eficiência da Justiça brasileira depende de prazos processuais mais razoáveis e de uma aplicação mais efetiva das leis. “Temos uma legislação avançada contra a corrupção, mas é essencial termos instituições e pessoas que assegurem a efetividade dessas normas”, acrescentou.
O discurso ocorre em meio a controvérsias sobre decisões passadas do próprio Fachin, incluindo a anulação, em 2021, das condenações de Lula na Operação Lava Jato, o que reabriu o caminho político para o ex-presidente.