O Janjapalooza teve custo estimado em R$ 33,5 milhões
Nesta segunda-feira, 18, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu início a mais uma apuração sobre os gastos do Festival de Cultura Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, evento realizado nos dias 14, 15 e 16 de novembro, em paralelo ao G20 no Rio de Janeiro. Apelidado de “Janjapalooza” devido à participação da primeira-dama Janja Lula da Silva, o festival está sob escrutínio por supostas irregularidades nos custos, estimados em 33,5 milhões de reais.
As denúncias foram apresentadas ao TCU por parlamentares de oposição, incluindo Sanderson (PL-RS), Felipe Francischini (União Brasil-PR), Luiz Phelippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). Sanderson questionou o uso de recursos públicos para o evento: “Nem sabemos qual é o interesse público desse evento”, afirmou. A Petrobras e a Itaipu, ambas empresas estatais, foram patrocinadoras do festival.
As investigações ainda não analisaram o mérito das representações. O TCU, uma instância administrativa, não aplica penalidades criminais, mas pode determinar a devolução de valores caso sejam identificadas irregularidades nos gastos. Dos três processos instaurados, dois estão sob a responsabilidade do ministro Jorge Oliveira e um sob a relatoria de Walton Alencar Rodrigues.
Com entrada gratuita e realizado na Praça Mauá, no centro do Rio, o festival trouxe shows de artistas renomados como Zeca Pagodinho, Ney Matogrosso e Daniela Mercury. Paralelamente, o G20 Social contou com painéis, um dos quais gerou polêmica após Janja criticar o empresário Elon Musk com a frase “f*** you Elon Musk”. A primeira-dama ainda elogiou o ministro Alexandre de Moraes como “um grande parceiro” no combate às fake news e minimizou um ataque ocorrido no STF, chamando o autor de “bestão”.
Os desdobramentos das investigações podem trazer novas implicações para o governo e a primeira-dama, destacando o crescente debate sobre o uso de recursos públicos em eventos culturais e sociais.
