Sâmia Bomfim argumenta que Bolsonaro representa uma ameaça à ordem pública devido à sua “influência significativa sobre um grande número de pessoas”
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) solicitou nesta terça-feira, 19, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi formalizado em um ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes.
A solicitação ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra uma suposta organização criminosa acusada de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio Moraes. Entre os presos estão:
• Mario Fernandes, general de brigada da reserva e ex-assessor da Presidência no governo Bolsonaro;
• Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
• Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
• Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
• Wladimir Matos Soares, policial federal.
No documento, Sâmia Bomfim argumenta que Bolsonaro representa uma ameaça à ordem pública devido à sua “influência significativa sobre um grande número de pessoas”, o que poderia intimidar testemunhas ou interferir nas investigações. Ela também aponta indícios de que o ex-presidente “teria conhecimento e possivelmente autorizado” as ações da organização investigada.
“Considera-se temerária a manutenção da livre circulação do elemento, tendo em vista que o ex-presidente ainda exerce atividades políticas e influência sobre um relevante contingente de pessoas, considerando sua presença ativa nas redes sociais, do que deflui o potencial de influenciar ou intimidar testemunhas”, destaca o ofício.
A ação reforça a postura do PSOL em exigir responsabilização sobre as supostas ameaças ao governo eleito e o andamento das investigações pela Polícia Federal.