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Moro e contesta fala de Lula sobre ampla defesa: “teve mais direitos à defesa que presos do 8/1”

Lula afirmou que os acusados dos atos de 8 de janeiro deveriam ter garantido amplo direito de defesa, algo que ele alega não ter tido ao ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Foto: reprodução

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) rebateram declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre suposta falta de amplo direito de defesa e presunção de inocência durante seu julgamento e prisão no caso do tríplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato.

Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, neste domingo, 15, Lula afirmou que os acusados dos atos de 8 de janeiro deveriam ter garantido amplo direito de defesa, algo que ele alega não ter tido ao ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No entanto, a própria edição do programa apontou que a defesa de Lula participou de todas as etapas do processo, ressaltando que sua prisão em 2018 ocorreu dentro do entendimento vigente do STF sobre execução de pena após condenação em segunda instância, que só foi alterado em 2019.

No X (antigo Twitter), Sergio Moro afirmou que o petista teve mais oportunidades de defesa do que qualquer outro cidadão:

“Teve garantido o direito de defesa na Lava Jato e só foi preso após o julgamento. Depois, ainda foi beneficiado por reviravolta política. Teve muito mais direito à defesa e presunção de inocência do que qualquer brasileiro jamais teve, inclusive mais do que as pessoas presas preventivamente nos atos do 8 de janeiro” – disse o senador.

Rosângela Moro também criticou a declaração de Lula, apontando que o ex-presidente não foi preso preventivamente e que teve várias instâncias de julgamento:

“O Lula de chapéu mente quando diz que lhe foi negada a presunção de inocência. Vamos lá: 1) NUNCA foi preso preventivamente. 2) Foi CONDENADO em três instâncias, por nove magistrados. 3) Apresentou CENTENAS de recursos. 4) Foi DESCONDENADO em uma reviravolta política, sem ser inocentado”, publicou a deputada.

A polêmica ocorre em um momento sensível, com o governo federal enfrentando críticas pela condução das investigações e prisões relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro, e reflete o clima de tensão entre o Planalto e antigos protagonistas da Lava Jato.

Aline Coelho

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