Ao todo, a empresa recebeu R$ 998 mil de um contrato que previa um total de R$ 12,8 milhões
Uma possível empresa de fachada recebeu quase R$ 1 milhão do Ministério da Saúde nos últimos dois anos, conforme revelou o colunista Tácio Lorran, do site Metrópoles, nesta terça-feira, 18. A contratada, denominada S R de Oliveira, com nome fantasia Marjo Soluções, firmou contrato emergencial para atuar no Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e Norte do Pará, mas teve o vínculo rescindido por irregularidades.
Ao todo, a empresa recebeu R$ 998 mil de um contrato que previa um total de R$ 12,8 milhões. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), há fortes indícios de que a companhia seja de fachada, incluindo o fato de ter sido criada em março de 2022, possuir apenas quatro funcionários e estar registrada em nome de Sandra Rodrigues de Oliveira, uma faxineira que também presta serviços ao distrito sanitário.
De acordo com o TCU, o contrato firmado exigia 131 postos de trabalho para auxiliares administrativos e 12 para recepcionistas, números incompatíveis com o quadro reduzido da empresa. Outro ponto suspeito foi a desclassificação de 24 das 27 participantes do pregão antes da fase de lances, o que impediu recursos por parte das concorrentes.
Embora o contrato tenha sido rescindido, o TCU abriu uma nova ação para investigar se a S R de Oliveira realmente se configura como uma empresa de fachada. A licitação também segue sob apuração.
Procurados, o Ministério da Saúde e a empresa não se manifestaram sobre o caso até o momento.