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Dívida pública supera R$ 7,2 trilhões, impulsionada pelos juros altos

Esse crescimento foi impulsionado pela valorização do dólar, que subiu 4,77% no período

Foto: reprodução

A Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 7,204 trilhões em novembro, marcando um aumento de 1,85% em relação aos R$ 7,073 trilhões de outubro. O crescimento é atribuído, em grande parte, ao nível elevado dos juros, que continuam a pressionar o endividamento do governo. Apesar da alta, o valor da DPF permanece dentro da faixa prevista pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que estima o estoque entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões até o final de 2024.

A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi), que envolve títulos emitidos no mercado doméstico, subiu 1,71%, passando de R$ 6,748 trilhões para R$ 6,863 trilhões. Esse aumento é resultado principalmente da emissão líquida de R$ 56,88 bilhões em novos títulos, com destaque para os papéis indexados à Taxa Selic, que permanecem sensíveis aos juros elevados. Outro fator significativo foi a apropriação de R$ 58,75 bilhões em juros, uma prática que reflete a correção mensal do valor dos títulos pela Selic, que atualmente está em 12,25% ao ano.

No mês de novembro, o Tesouro Nacional emitiu R$ 82,98 bilhões em títulos da DPMFi, um volume inferior ao registrado em outubro, e resgatou R$ 26,1 bilhões. A maior parte das emissões, R$ 50,37 bilhões, foi voltada para títulos atrelados à Selic, refletindo o impacto contínuo dos juros altos na estratégia de financiamento do governo.

Já a Dívida Pública Federal Externa (DPFe) teve um aumento mais expressivo, subindo 4,78% e alcançando R$ 340,76 bilhões. Esse crescimento foi impulsionado pela valorização do dólar, que subiu 4,77% no período. O câmbio tem sido afetado por uma série de fatores, incluindo a desaceleração nos cortes de juros nos Estados Unidos e as incertezas políticas decorrentes das eleições no país.

Aline Coelho

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