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Moraes mantém prisão de Braga Netto em investigação sobre tentativa de golpe

A PF aponta que Braga Netto foi um dos principais articuladores do plano golpista

Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão do general Braga Netto nesta quinta-feira, 26, no contexto das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A decisão ocorreu após o pedido da defesa do militar para substituir a prisão por medidas alternativas ser negado. 

A defesa de Braga Netto alegou que as acusações, que o envolvem em uma suposta trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, tratam de fatos passados, sem a contemporaneidade necessária para justificar a prisão preventiva. Contudo, Moraes seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou a prisão válida. O procurador-geral, Paulo Gonet, argumentou que as razões que sustentam a prisão permanecem consistentes, e que medidas cautelares não seriam suficientes para garantir a ordem pública e a continuidade da investigação.

Braga Netto foi preso no dia 14 deste mês, após decisão de Moraes, que é relator do inquérito sobre o golpe. As investigações da Polícia Federal indicam que o general da reserva, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, teria tentado obstruir a apuração da tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. 

A PF aponta que Braga Netto foi um dos principais articuladores do plano golpista e tentou acessar informações sigilosas relacionadas à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Após a prisão, a defesa do general negou as acusações de obstrução.

Aline Coelho

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