O ex-prefeito Rogério Cruz contestou a dimensão do déficit
Na tentativa de conter a grave crise financeira de Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (UB) reuniu seu secretariado nesta quinta-feira, 2 de janeiro, para assinar 12 decretos administrativos. Entre as medidas anunciadas está o decreto de calamidade financeira, em resposta a um déficit estimado entre R$ 2,2 bilhões e R$ 3 bilhões, segundo o secretário de Finanças, Valdivino José de Oliveira.
De acordo com Valdivino, as maiores dívidas municipais estão concentradas na Comurg e na Saúde. Apesar da gravidade do cenário, o secretário mostrou otimismo em reverter parte do quadro em até seis meses, destacando que muitas dívidas são de longo prazo e podem ser renegociadas. “Os decretos são essenciais para reduzir despesas e estabilizar as contas”, afirmou.
Na transferência de cargo, realizada na quarta-feira, 1º de janeiro, o ex-prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) contestou a dimensão do déficit. Sem apresentar dados concretos, declarou que “não é tão negativo como falaram”. Em resposta, Sandro Mabel reforçou a gravidade da situação e revelou que precisou buscar apoio financeiro com o senador Jorge Kajuru (PSB) para atender às necessidades básicas do município.
Ao comentar o levantamento inicial das dívidas, Mabel destacou a discrepância entre sua previsão e os números atualizados: “Eu falava que chegaria a pé de R$ 1,6 bilhão. O secretário apontou valores entre R$ 2,2 bilhões e R$ 3 bilhões, quase o dobro do que eu esperava”, declarou o prefeito, reforçando a urgência de medidas para equilibrar as contas públicas.
Com a assinatura dos decretos, a gestão de Sandro Mabel busca enfrentar o desafio financeiro e garantir a continuidade dos serviços essenciais para a população de Goiânia.