Haddad confirmou que a única medida verdadeira é a tributação das casas de apostas virtuais
Nesta quinta-feira, 9, a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou extrajudicialmente o Facebook, exigindo a remoção, em até 24 horas, de um vídeo manipulado que utiliza inteligência artificial para atribuir falas falsas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No material adulterado, Haddad supostamente anuncia a criação de um imposto sobre animais de estimação e pré-natal, informações que, segundo a AGU, jamais foram proferidas.
De acordo com a notificação, a postagem fraudulenta é considerada “desinformativa”, já que apresenta conteúdo enganoso para confundir o público sobre temas de interesse público. A AGU reforça que a publicação viola os Termos de Uso do Facebook, que proíbem o uso da plataforma para finalidades ilegais, além de desrespeitar os Padrões da Comunidade que recomendam a exclusão de materiais que interferem em processos políticos. Caso a remoção não seja acatada, a AGU sugere que o vídeo seja identificado como manipulado por IA e tenha seu conteúdo alterado sinalizado.
Em resposta às falsas informações, Fernando Haddad utilizou suas redes sociais para desmentir as alegações. “Essas coisas são mentirosas, às vezes, eles misturam com uma coisa que é verdadeira para confundir a opinião pública”, afirmou. O ministro esclareceu que não há intenção de taxar transações pelo Pix, nem donos de animais de estimação ou compradores de dólar.
Haddad confirmou que a única medida verdadeira é a tributação das casas de apostas virtuais, as chamadas bets, que passarão a pagar impostos como qualquer empresa instalada no Brasil. “Fake news prejudica a democracia e traz uma série de insegurança nas pessoas”, destacou o ministro, reforçando a importância de combater a desinformação.
A notificação ocorre em uma semana marcada por críticas do governo brasileiro às novas diretrizes da Meta, empresa responsável pelo Facebook, sobre exclusão de publicações, sinalizando a preocupação com a disseminação de conteúdos enganosos.