A oposição reforçou que não reconhecerá o mandato
Nesta sexta-feira, 10 de janeiro, Nicolás Maduro foi empossado como presidente da Venezuela para o período de 2025 a 2031, em cerimônia realizada na Assembleia Nacional. Apesar das celebrações oficiais, a oposição majoritária sustenta que o verdadeiro vencedor das eleições de julho de 2024 foi Edmundo González Urrutia, da Plataforma Unitária Democrática (PUD).
“Juro pelo histórico, nobre e corajoso povo da Venezuela e perante esta Constituição que cumprirei todos os seus mandatos. Inauguro o novo período de paz, prosperidade e nova democracia”, declarou Maduro durante o juramento, realizado sobre uma cópia da Constituição de 1999 assinada por Hugo Chávez. A cerimônia contou com a presença de autoridades chavistas, como o procurador-geral Tarek William Saab, a presidente da Suprema Corte Caryslia Rodríguez e o ministro da Defesa Vladimir Padrino López.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou Maduro vencedor, não divulgou os resultados detalhados da eleição, mesmo após apelos da comunidade internacional. A oposição, por sua vez, afirma ter coletado 85% das atas eleitorais como prova da vitória de González Urrutia. Esses documentos, disponibilizados publicamente, são apontados pelo governo como “falsos”.
Enquanto Maduro celebrava sua posse ao lado de sua esposa, Cilia Flores, e aliados políticos como Delcy Rodríguez e Diosdado Cabello, a oposição reforçou que não reconhecerá o mandato. Segundo os oposicionistas, González Urrutia é o legítimo presidente eleito e deveria ser empossado.
A posse ocorre em um cenário de forte polarização e desconfiança internacional sobre a legitimidade das eleições, com o país dividido entre o governo chavista e a oposição, que tenta mobilizar apoio interno e externo contra o que classificam como uma fraude eleitoral.
