Ex-prefeito Vilmar Mariano deixou dívidas de mais de R$ 425 milhões e salários atrasados
Em assembleia realizada nesta terça-feira (14), na praça da Cidade Administrativa Maguito Vilela, servidores municipais de Aparecida de Goiânia aceitaram a proposta do novo prefeito, Leandro Vilela, para parcelar em três vezes o pagamento da folha de dezembro, deixada em atraso pela gestão anterior.
O ex-prefeito Vilmar Mariano encerrou seu mandato com um rombo de R$ 425 milhões nas contas públicas e apenas R$ 9 milhões em caixa. Entre as dívidas, destaca-se o débito de R$ 58 milhões referente à folha salarial de dezembro, considerada prioridade pela nova administração.
A proposta aprovada prevê o pagamento em três parcelas:
• 1ª parcela: 21 de janeiro
• 2ª parcela: 21 de fevereiro
• 3ª parcela: 21 de março
O acordo foi construído após reuniões entre o prefeito Vilela, secretários, sindicatos de servidores (Sintego, SindSaúde, Sindicato da Guarda Civil), o deputado estadual Mauro Rubem e vereadores. A última reunião ocorreu na segunda-feira (13), culminando na aprovação da proposta pelos servidores.
Compromisso com os servidores
Leandro Vilela criticou a gestão anterior, afirmando que o ex-prefeito priorizou o pagamento de R$ 135 milhões a fornecedores em dezembro, deixando os salários dos servidores atrasados.
– “Os servidores e esta gestão são vítimas de um irresponsável que ignorou a prioridade do funcionalismo público. Agora, estamos comprometidos em solucionar essa situação de forma justa e transparente,” declarou o prefeito.
Vilela também garantiu que a folha de janeiro será paga dentro do prazo legal. Apesar das dificuldades financeiras, ele destacou sua intenção de realizar os pagamentos dentro do mês trabalhado tão logo seja possível.
Reconhecimento dos servidores
Os representantes sindicais elogiaram a postura do prefeito e destacaram sua atuação direta nas negociações como essencial para conquistar a confiança dos trabalhadores. “A disposição do prefeito Vilela em ouvir e dialogar foi crucial para avançarmos,” afirmou um dos dirigentes.
A nova gestão enfrenta o desafio de reequilibrar as contas públicas e recuperar a confiança do funcionalismo e da população, após o desgaste causado pela administração anterior.