As diretrizes representam uma mudança em relação à regra de 2016 que proibia a entrada de homens com “tendências homossexuais profundamente arraigadas” nos seminários
O Vaticano aprovou novas diretrizes que permitem a admissão de homens gays nos seminários, desde que cumpram a exigência de celibato imposta a todos os sacerdotes. A decisão foi divulgada de forma discreta no site da conferência dos bispos italianos e será aplicada inicialmente na Itália por um período experimental de três anos.
As diretrizes representam uma mudança em relação à regra de 2016, que proibia a entrada de homens com “tendências homossexuais profundamente arraigadas” nos seminários. Agora, a orientação sexual será avaliada dentro do contexto mais amplo da personalidade do candidato e não será tratada como critério único.
“É apropriado não reduzir o discernimento apenas a este aspecto, mas compreender seu significado dentro do contexto mais amplo da personalidade do jovem”, destacam os bispos no documento publicado na quinta-feira, 9 de janeiro.
Desde 2013, sob o pontificado do papa Francisco, a Igreja Católica tem adotado uma postura mais acolhedora em relação à comunidade LGBTQIA+, incluindo a possibilidade de bênçãos para casais do mesmo sexo em casos específicos.
Essa nova medida reflete o esforço do Vaticano em equilibrar a tradição com a busca por maior inclusão, ao mesmo tempo que reforça a importância do celibato e da formação integral no processo de discernimento sacerdotal.