Outros nomes da esquerda foram citados como possíveis sucessores, mas enfrentam desafios
O presidente Lula, 78, revelou a possibilidade de não concorrer à Presidência em 2026, alegando que sua candidatura dependerá da “vontade de Deus” e de sua saúde. A declaração surpreendeu o Partido dos Trabalhadores (PT), que, segundo o secretário de comunicação Jilmar Tatto, considera Lula o “plano A, B e C” da sigla.
A preocupação dentro do PT aumentou após o acidente sofrido pelo presidente no final do ano passado, que expôs as limitações físicas de Lula. Durante encontro com ministros, ele destacou que, aos 80 anos, talvez não consiga enfrentar outra campanha presidencial.
Outros nomes da esquerda foram citados como possíveis sucessores, mas enfrentam desafios. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) já demonstraram pouco interesse em disputar o Planalto. João Campos (PSB), considerado promissor, tem apenas 31 anos e ainda não atinge a idade mínima de 35 anos prevista na Constituição.
Há quem especule o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), como um potencial sucessor, mas ele deve se candidatar ao governo do estado em 2026, o que tornaria improvável sua entrada na corrida presidencial.
Com Lula reconhecendo suas limitações, a falta de um nome de peso para liderar a esquerda em 2026 deixou o partido em estado de alerta, intensificando as discussões sobre alternativas dentro e fora do PT.