A desaprovação ao governo do petista superou a aprovação

Realizada entre 23 e 26 de janeiro, a pesquisa Genial/Quaest revelou que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou 49%, ultrapassando pela primeira vez a aprovação, que recuou para 47%. Os números marcam uma mudança significativa em relação a dezembro de 2024, quando a aprovação era de 52% e a desaprovação estava em 47%.
Nas análises regionais, o Nordeste, tradicional reduto de apoio ao presidente, apresentou queda expressiva na aprovação, de 67% para 59%, enquanto a desaprovação subiu de 32% para 37%. No Sul, houve redução na aprovação, de 46% para 39%, e aumento na rejeição, que chegou a 59%. O Sudeste manteve a desaprovação estável em 53%, com leve queda na aprovação, que agora é de 42%. Já no Centro-Oeste e Norte, a aprovação permaneceu em 48%, enquanto a desaprovação caiu de 50% para 49%.
O recorte por renda familiar também trouxe dados relevantes: entre os que recebem até dois salários mínimos, a aprovação caiu para 56%, enquanto a desaprovação cresceu para 39%. Entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos, a aprovação reduziu-se para 43%, e a rejeição subiu para 54%. Entre os mais ricos, com renda acima de cinco salários mínimos, os índices permaneceram estáveis, com 39% de aprovação e 59% de desaprovação.
A faixa etária também mostrou redução no apoio: entre os mais velhos, de 60 anos ou mais, a aprovação caiu de 57% para 52%. Já na faixa de 16 a 34 anos, o índice passou de 48% para 45%, e, entre os que têm de 35 a 59 anos, foi registrada queda de 52% para 46%.
Quando considerada a religião, os evangélicos tiveram queda na aprovação, de 42% para 37%, e os católicos, de 56% para 52%.
“Esses números refletem o momento de maior pressão sobre o governo”, explicou o instituto responsável pela pesquisa, que ouviu 4.500 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de um ponto percentual, com nível de confiança de 95%.