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Ex-funcionário do governo dos EUA diz que Bolsonaro ainda seria presidente sem a Usaid

Após a declaração, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu investigações sobre o financiamento e a atuação da Usaid no Brasil

Foto: reprodução

Michael Benz, ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos, afirmou que Jair Bolsonaro (PL) ainda estaria no cargo se a Usaid não existisse. Durante entrevista ao podcast War Room, de Steve Bannon, Benz declarou que a agência financiou ações que pressionaram o Congresso e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-presidente.

“Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil, e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta”, disse Benz. Ele afirmou que a entidade gastou “dezenas de milhões de dólares do contribuinte americano” para apoiar projetos contra a desinformação no Brasil e que advogados financiados pela agência teriam pressionado o TSE para reprimir postagens de Bolsonaro.

Após a declaração, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu investigações sobre o financiamento e a atuação da Usaid no Brasil. “Transparência e soberania não podem ser negociadas. Além disso, é necessário que o Itamaraty e os órgãos de inteligência avaliem os riscos dessa interferência para a segurança institucional e política do Brasil”, afirmou.

Nesta quarta-feira, 5, o site da Usaid voltou ao ar após três dias fora do ar, apresentando uma mensagem sobre a decisão do ex-presidente Donald Trump de colocar todos os funcionários da agência em licença administrativa. Segundo o comunicado, apenas equipes de missões críticas continuarão ativas, enquanto o Departamento de Estado prepara o retorno dos funcionários da Usaid que estão em outros países. O governo afirmou que arcará com as viagens e que contratos não essenciais serão encerrados.

Nos últimos dias, vieram à tona detalhes sobre o destino de verbas da Usaid. A Casa Branca divulgou uma lista de projetos financiados pela agência, incluindo repasses para iniciativas culturais e sociais, como:

• US$ 1,5 milhão (R$ 8,68 milhões) para “promover diversidade, equidade e inclusão” na Sérvia;

• US$ 70 mil (R$ 405 mil) para um musical sobre diversidade na Irlanda;

• US$ 47 mil (R$ 272 mil) para uma ópera transgênero na Colômbia;

• US$ 32 mil (R$ 185 mil) para uma história em quadrinhos transgênero no Peru;

• US$ 2 milhões (R$ 11,58 milhões) para mudanças de sexo e ativismo LGBT na Guatemala.

Além disso, foram mencionados repasses para pesquisas no Instituto de Virologia de Wuhan, na China, e para grupos ligados à Al Qaeda na Síria. O governo Trump acusou a Usaid de desperdiçar dinheiro público sem supervisão adequada e declarou que “o desperdício, a fraude e o abuso acabam agora”.

Aline Coelho

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