A polêmica cresceu após Michael Benz, ex-chefe de informática do Departamento de Estado dos EUA, afirmar que Bolsonaro ainda estaria no poder se a Usaid não existisse
Elon Musk afirmou em seu perfil na rede social X que o governo de Joe Biden financiou a vitória de Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) em 2022. A declaração veio em resposta ao senador republicano Mike Lee, que reagiu a uma matéria sobre a suposta interferência dos EUA no pleito brasileiro. “Se o governo dos EUA tivesse financiado a derrota de Bolsonaro por Lula, isso te incomodaria? Eu ficaria lívido”, questionou Lee. Musk respondeu: “Bem, o ‘deep state’ dos EUA fez exatamente isso”.
A Usaid tem sido alvo de críticas por sua atuação no Brasil. Dados do portal Foreign Assistance mostram que a agência destinou ao menos 44,76 milhões de dólares (cerca de R$ 267 milhões) ao país entre 2023 e 2024. O valor foi repassado a ONGs e projetos, mas pode ser ainda maior, já que os dados do último ano são parciais.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve contato com a Usaid em dois eventos realizados em 2021. Em abril, participou do lançamento do Guia de Combate à Desinformação, promovido pelo Consórcio para Eleições e Fortalecimento do Processo Político (CEPPS), entidade supervisionada pela Usaid. Em dezembro, esteve em um evento virtual sobre transformação digital nas eleições, com a presença do ministro Luís Roberto Barroso. “Se as redes sociais continuassem inertes ao crescimento da disseminação de fake news, poderiam ter sua imagem associada à destruição da democracia”, afirmou Barroso.
A polêmica cresceu após Michael Benz, ex-chefe de informática do Departamento de Estado dos EUA, afirmar que Bolsonaro ainda estaria no poder se a Usaid não existisse. “Eles construíram um polvo de censura no Brasil”, declarou. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu investigação sobre a atuação dessas entidades no país.
