Programa do governo, lançado em fevereiro de 2023, previa incentivos financeiros para acelerar os atendimentos, mas o número de pacientes aguardando continuou a subir
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A espera por cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 26% em relação ao ano anterior, atingindo mais de 1,3 milhão de pacientes em 2024, mesmo após a criação do Programa Nacional de Redução das Filas.
Dados obtidos pelo Jornal Nacional mostram a dificuldade crescente de acesso aos procedimentos. Entre os casos mais comuns estão cirurgias de catarata, hérnias, vesícula e ortopedia. José Antônio Pereira, por exemplo, aguarda pela operação no olho esquerdo, enquanto milhares de brasileiros enfrentam a incerteza da espera.
São Paulo e Minas Gerais, os estados mais populosos do país, concentram cerca de 600 mil pessoas na fila. O programa do governo, lançado em fevereiro de 2023, previa incentivos financeiros para acelerar os atendimentos, mas o número de pacientes aguardando continuou a subir.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que quase 14 milhões de cirurgias foram realizadas no último ano e reconheceu a necessidade de reduzir o tempo de espera. “Sempre nós teremos uma fila, o que é importante é trabalharmos para aumentar a produção de consultas, de exames e de cirurgias e reduzir o tempo de espera”, declarou.