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Lula defende venda direta de combustíveis pela Petrobras para reduzir preços

Os preços dos combustíveis estão atualmente no maior patamar desde o início do governo

Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que a Petrobras venda gasolina, diesel e gás diretamente a grandes consumidores para diminuir os preços, argumentando que intermediários na cadeia de distribuição estariam inflacionando os valores pagos pelos consumidores. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 17, durante o lançamento da licitação para compra de novos navios da Transpetro, em Angra dos Reis (RJ).

“O povo não sabe que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 e que, na bomba, ela é vendida a R$ 6,49. Ou seja, é vendida pelo dobro do que ela sai da Petrobras. Mas, quando sai o aumento, o povo pensa que foi a Petrobras que aumentou. E nem sempre é a Petrobras, porque cada estado e cada posto têm liberdade de aumentar na hora que quer”, afirmou Lula.

Os preços dos combustíveis estão atualmente no maior patamar desde o início do governo. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 9 e 15 deste mês, o preço médio da gasolina na bomba foi de R$ 6,37, e o do diesel, R$ 6,39. Em fevereiro, a alta da alíquota do ICMS impactou os valores: o imposto estadual para a gasolina subiu de R$ 1,3721 para R$ 1,4700 por litro, e para o diesel, de R$ 1,0635 para R$ 1,1200 por litro. No mesmo período, a Petrobras reajustou o diesel em 6% para as distribuidoras, no primeiro aumento desde 2023.

Lula reforçou a necessidade de mudanças na comercialização dos combustíveis. “A gente precisa vender para os grandes consumidores direto. Se puder comprar direto, para que a gente possa baratear o preço do diesel. Se a gente puder vender direto a gasolina, se a gente puder vender direto o gás, porque o povo é, no fundo, no fundo, assaltado pelo intermediário. Ele é assaltado, e a fama fica nas costas do governo”, declarou.

A proposta do presidente vai contra o modelo atual de distribuição de combustíveis no Brasil, que envolve redes de distribuidoras e postos. A possibilidade de venda direta pela Petrobras pode gerar resistência no setor, que já enfrenta pressão por maior transparência nos preços e impostos incidentes sobre os combustíveis.

Aline Coelho

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