Nikolas afirmou que Bolsonaro enfrenta uma “perseguição gigantesca” e comparou a situação do ex-presidente a penas aplicadas em crimes violentos
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Em entrevista exclusiva ao Pleno.News em Brasília, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado. O parlamentar fez críticas ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, sugerindo que ele deveria concorrer ao Oscar como “melhor roteirista”. “Temos dois brasileiros concorrendo ao Oscar, Fernanda Torres e agora Paulo Gonet, [como] melhor roteirista. Porque, para inventar uma história daquela ali, de fato, tem que ter muita criatividade. Mas não nos surpreende, já que os assessores do Alexandre de Moraes pediam criatividade para poder ferrar alguém”, declarou.
Nikolas afirmou que Bolsonaro enfrenta uma “perseguição gigantesca” e comparou a situação do ex-presidente a penas aplicadas em crimes violentos. “Eu peço aí para você fazer uma breve pesquisa de qual foi a pena, por exemplo, da Elize Matsunaga; de quem, por exemplo, matou os pais, como a Suzane [von] Richthofen; como, por exemplo, o caso do goleiro Bruno. Enfim, casos terríveis, e você vê aqui o crime do Bolsonaro, foi qual? (…) Ele simplesmente está sendo denunciado por um suposto golpe”, ressaltou.
Questionado sobre uma possível candidatura ao Senado caso a PEC que reduz a idade mínima para o cargo seja aprovada, o deputado disse que a mudança permitiria “fazer coisas propositivas para o Brasil”. Ele também afirmou que, se eleito senador, apoiaria um eventual impeachment do ministro Alexandre de Moraes. “Não tenham nenhum tipo de receio de que eu, por exemplo, não vá votar a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Você pode ter certeza que, se isso um dia acontecer, eu vou votar sim”, garantiu. Caso a proposta não avance, ele avaliaria disputar o governo de Minas Gerais ou continuar na Câmara dos Deputados. “É uma honra muito grande estar aqui, ainda mais sendo o deputado mais votado do país. Eu acredito que as pessoas compreenderam a importância de ter um deputado mais votado do Brasil nesta legislatura, que seja cristão, que seja conservador, que seja uma figura de direita, porque se não fosse eu, seria um cara de esquerda. Então, tudo isso tem muita representatividade”, destacou.
Sobre a possibilidade de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, Nikolas mencionou o caso de Vanessa Vieira, esposa de um dos presos, que recentemente conversou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O parlamentar afirmou que a situação das famílias dos detidos precisa ser levada em consideração. “No fim das contas, nós somos humanos. E foi algo, assim, bastante comovente, bastante profundo (…). Uma mulher que, enfim, depende, obviamente, ali também do sustento vindo do seu marido. Crianças que vão ficar o quê? Dezessete anos sem ver o pai?”, questionou.
Nikolas também cobrou urgência na discussão da anistia no Congresso e criticou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), por minimizar o tema. “A justiça tem pressa. Tem pessoas que estão presas, foragidas e com condenações que nem traficante pega aqui nesse país. E a gente precisa fazer com que isso [anistia] ande na maior velocidade possível”, finalizou.