Um dos principais desafios será sua relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Gleisi já criticou sua política fiscal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse, nesta segunda, 10, à nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A nomeação ocorre em meio à reforma ministerial voltada para conter a queda de popularidade do governo e estruturar a campanha à reeleição em 2026.
A cerimônia no Palácio do Planalto reuniu ministros, parlamentares e aliados. Gleisi, que deixa a presidência do PT, assume um papel estratégico na articulação política, com destaque para a negociação de emendas parlamentares, tema central da crise entre Executivo e Legislativo.
A escolha gerou resistência no Congresso, principalmente entre deputados do Centrão, que preferiam um nome com mais trânsito político. Há receio de que o estilo combativo da ministra dificulte a ampliação da base governista. No entanto, assessores do Planalto acreditam que Gleisi ajustará seu tom, alinhando-se ao presidente e evitando declarações que prejudiquem o governo.
Um dos principais desafios será sua relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Gleisi já criticou sua política fiscal, mas aliados dizem que ela deverá evitar embates públicos para não desagradar Lula.
Natural de Curitiba, a nova ministra tem longa trajetória no PT. Foi senadora, ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff e uma das figuras mais influentes do partido. Agora, terá a missão de fortalecer a articulação política do governo.
