O advogado de Bolsonaro, Paulo Amador da Cunha Bueno, classificou a investigação como “absurda” e motivada por interesses políticos

O Ministério Público Federal (MPF) encerrou, sem apresentar denúncia, a investigação sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta importunação a uma baleia jubarte durante um passeio de jet ski em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. O caso foi arquivado por falta de comprovação da intenção de perturbar o animal.
A procuradora da República Maria Rezenda Capucci destacou que, apesar do desrespeito ao distanciamento mínimo, não houve evidências suficientes para justificar uma ação penal. “Ainda que possa ter existido [a intenção], não foi suficientemente demonstrada pelos elementos colhidos na investigação”, afirmou na decisão.
A Polícia Federal (PF) já havia concluído o inquérito sem indiciamento. O advogado de Bolsonaro, Paulo Amador da Cunha Bueno, classificou a investigação como “absurda” e motivada por interesses políticos.
Em depoimento, Bolsonaro confirmou o encontro com a baleia, mas alegou ter tomado precauções para não interferir no deslocamento do animal. O ex-presidente foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Após o episódio, o MPF ampliou a fiscalização sobre o turismo de observação de baleias na região.