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Haddad diz que economia deixou de ser fator decisivo em eleições

Haddad também minimizou o impacto duradouro da queda de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Foto: reprodução

Em entrevista publicada na noite de 8 de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a economia “não vai ser mais o fator determinante” para o resultado das eleições. A avaliação foi feita à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, ao comentar a queda de popularidade do governo Lula, mesmo diante de um cenário de crescimento econômico em 2024.

“Estamos em uma situação crítica. A economia não vai ser mais o fator determinante de um resultado eleitoral”, disse Haddad. Ele apontou uma mudança no cenário global, marcada pelo avanço da extrema-direita, como aspecto central. “Os governos do Macron e do Biden apresentavam bons indicadores econômicos, e não foram bem nas urnas”, lembrou, citando os recentes resultados eleitorais na França e nos Estados Unidos.

Haddad também minimizou o impacto duradouro da queda de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avaliando que o desgaste é recente. “A queda não é crônica. É recente. Eu penso que o solavanco que ocorreu com o dólar em dezembro, nos debates com o mercado financeiro, causou uma certa apreensão”, afirmou. Na ocasião, o dólar fechou o ano a R$ 6,18, registrando alta de 27,36% em 2024 — o maior salto desde 2020.

As pesquisas de opinião refletem a tendência negativa. De acordo com levantamento da Genial/Quaest, divulgado em 2 de abril, 56% desaprovam a gestão de Lula, enquanto 41% aprovam. Já a AtlasIntel/Bloomberg, no dia anterior, apontou 53,6% de desaprovação e 44,9% de aprovação. Mais recentemente, o Datafolha indicou empate técnico: 49% desaprovam e 48% aprovam o governo federal.

O ministro ainda reconheceu falhas na comunicação do governo. “O governo está acertando no atacado. Agora, o que a gente chama de comunicação […] é um desafio para todos os governos democráticos”, declarou. Ele afirmou que há tempo até a eleição para ajustar o “posicionamento comunicativo” e tornar visível o plano de ação do governo.

Aline Coelho

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