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Ministro da Secom diz que queda de popularidade é resultado de crescimento da extrema-direita

Sidônio Palmeira afirma que comunicação do governo falhou ao não apresentar cenário herdado e defende estratégia criativa baseada na verdade

Foto: reprodução

Em entrevista publicada em 16, de abril, pelo jornal O Globo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, reconheceu a queda na aprovação do presidente Lula e atribuiu parte do cenário ao avanço da extrema-direita e à influência das redes sociais. “Há pessoas tatuando suástica com a maior naturalidade pelo mundo”, declarou o ministro, apontando o crescimento da radicalização política como fenômeno global.

Para ele, o ambiente digital favorece a desinformação e estimula o engajamento baseado no ódio. Sidônio destacou que, embora as fake news precisem ser combatidas em qualquer campo político, a direita tem maior presença e atuação nas redes. “A verdade pode conquistar pessoas, basta ter criatividade”, defendeu.

Além do papel das redes, o ministro reconheceu falhas internas na comunicação governamental, sobretudo no início da gestão. Segundo ele, faltou mostrar à população a herança recebida, marcada por retrocessos em áreas como saúde e educação. “Tudo na vida é uma questão de referência. Se você tem um copo que está pela metade, mas não diz que ele estava vazio antes, a metade vai ser considerada pouco.”

Questionado sobre por que essa narrativa não foi construída desde o início, Sidônio afirmou que a percepção pública depende também de alinhamento entre expectativa, gestão e política. O desafio, segundo ele, está em fazer a informação chegar com mais eficácia à ponta. “O governo fez muita coisa nesses dois anos. Voltamos a ser a décima economia do mundo. Foram tiradas 24 milhões de pessoas da fome… Mas ainda falta a informação de tudo isso chegar na ponta, para a percepção das pessoas mudar.”

O ministro mencionou ainda programas como o Pé-de-Meia, o novo Mais Médicos e o retorno ao Mapa da Fome como exemplos de políticas públicas que têm impacto, mas que ainda precisam de mais visibilidade.

Aline Coelho

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