De acordo com o portal Metrópoles, a articulação da viagem partiu do próprio Lula

A morte do papa Francisco mobilizou a alta cúpula da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu reunir os líderes dos Três Poderes para comparecerem juntos ao funeral do pontífice, que será realizado no sábado, 26, às 10h no horário local (5h de Brasília), no Vaticano. A comitiva embarcará na noite de quinta-feira, 24, por volta das 22h, levando, além do chefe do Executivo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o portal Metrópoles, a articulação da viagem partiu do próprio Lula. A decisão reflete não apenas o respeito institucional ao líder religioso, mas também a relação próxima que o petista mantinha com Francisco, fortalecida por encontros realizados nos últimos anos. A primeira reunião ocorreu ainda em fevereiro de 2020, antes de Lula anunciar sua candidatura à presidência. Depois disso, os dois voltaram a se encontrar duas vezes: em 2023, ao lado da primeira-dama Janja, e em 2024, durante a Cúpula do G7, quando o presidente reiterou o convite ao pontífice para participar da COP30, em Belém.
“O papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos”, disse Lula em nota oficial. “Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia”.
A primeira-dama também teve momentos de aproximação com o líder da Igreja Católica. Em fevereiro deste ano, sem a presença do presidente, Janja foi recebida por Francisco no Vaticano. Na ocasião, o pontífice perguntou sobre a saúde de Lula e demonstrou apoio à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, proposta liderada pelo Brasil no G20.