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Folha de S.Paulo critica manobras do governo Lula para ampliar gastos fora do orçamento

Em editorial, jornal aponta estratégias “heterodoxas” do governo para financiar despesas públicas sem registro no Tesouro, alertando para riscos fiscais

Foto: reprodução

Críticas severas à condução fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcaram o editorial da Folha de S.Paulo publicado no último sábado, 26. Segundo o jornal, a gestão petista recorre a métodos não convencionais para sustentar a expansão de gastos, contornando o Orçamento e repetindo práticas de governos anteriores do partido.

De acordo com a publicação, um relatório preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou ao menos quatro fontes de receita que não são depositadas no Tesouro Nacional, além da utilização de recursos financeiros para custeio de despesas correntes. “Premido por restrições orçamentárias, o governo Luiz Inácio Lula da Silva busca manter sua política irresponsável de expansão de gastos por meio de mecanismos heterodoxos, repetindo o padrão de administrações petistas anteriores”, afirmou a Folha.

O editorial também cita o programa Pé-de-Meia, que visa combater a evasão escolar, como exemplo de despesas públicas financiadas por meio de fundos privados, fora da supervisão direta do Tesouro. Em fevereiro, o TCU já havia determinado a inclusão de cerca de R$ 6 bilhões desses recursos no Orçamento federal no prazo de 120 dias.

Ao encerrar o texto, o jornal comparou a situação atual à “farra dos últimos dois anos”, destacando que a prática de ampliar gastos de forma disfarçada agrava a inflação, pressiona a taxa de juros, acelera o crescimento da dívida pública e compromete o ambiente de investimentos. “Depois da farra dos últimos dois anos, o que se busca, à expensa do contribuinte, é adiar o necessário ajuste”, concluiu a Folha.

Aline Coelho

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