Governador gaúcho rompe com o PSDB após mais de duas décadas e assume protagonismo na disputa presidencial de 2026

Durante sua passagem por Brasília na 26ª Marcha em Defesa dos Municípios, realizada na terça-feira, 20, Eduardo Leite oficializou sua intenção de disputar a Presidência da República. A declaração foi feita diante da imprensa logo após o evento, encerrando especulações e marcando uma nova etapa em sua trajetória política. “Sim, eu sou um pré-candidato à Presidência da República. Busco este caminho, é uma aspiração legítima de quem foi prefeito, governador e quer muito contribuir com o Brasil”, afirmou o governador.
A confirmação da pré-candidatura ocorre pouco tempo depois de sua filiação ao Partido Social Democrático, no início de maio. Após 24 anos filiado ao PSDB, Leite assumiu a presidência do PSD no Rio Grande do Sul. Na cerimônia de filiação, o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, foi direto ao apresentá-lo: “Chega ao partido como presidente do PSD no RS e pré-candidato à Presidência da República, por todas as suas qualidades e experiência”.
A movimentação de Leite não foi isolada. Em março, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, também deixou o PSDB e se juntou ao PSD, revelando uma tendência de esvaziamento tucano. Com essas baixas, a sigla que já protagonizou eleições nacionais agora conta com apenas um governador em exercício: Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul.
A entrada de Leite na corrida presidencial amplia as perspectivas do PSD, que ainda não havia consolidado um nome competitivo para 2026. Seu histórico como gestor e a habilidade de articulação política o colocam como um dos possíveis protagonistas do próximo pleito.