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Governo quer reduzir conta de luz dos mais pobres, mas medida pode aumentar custos para outros consumidores

Nova política de energia elétrica do governo Lula propõe gratuidade para famílias de baixa renda, mas especialistas alertam para possível impacto negativo nas tarifas dos demais consumidores

Foto: reprodução

O governo federal apresentou, no dia 21, quarta-feira, uma proposta que pode alterar significativamente a forma como a energia elétrica é cobrada no país. Trata-se da Medida Provisória que institui a Nova Tarifa Social de Energia Elétrica. A principal mudança prevista é a isenção total da conta de luz para famílias cadastradas no CadÚnico que tenham renda de até meio salário mínimo por pessoa e consumo mensal de até 80 kWh.

Além disso, o benefício se estende a grupos específicos como indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e idosos atendidos pelo BPC, bem como famílias que vivem em áreas abastecidas por sistemas isolados, como os que utilizam módulos de geração offgrid.

O texto também estabelece uma isenção da cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para famílias com renda entre meio e um salário mínimo per capita, desde que o consumo não ultrapasse os 120 kWh por mês. Se o consumo ultrapassar o limite de 80 kWh, a gratuidade será parcial, e o excedente será cobrado proporcionalmente.

Segundo um levantamento da Volt Robotics divulgado pela CNN, a proposta tem o potencial de reduzir em até 16% a tarifa de energia para pequenos consumidores, como residências e pequenos comércios — mas apenas para aqueles que migrarem para o mercado livre de energia, a partir de 2028. “Quando o consumidor escolhe seu fornecedor, a tendência é pagar menos na conta de luz”, explicou Donato Filho, diretor-geral da Volt Robotics.

Contudo, Donato alertou que os benefícios oferecidos às famílias de baixa renda serão, na prática, financiados pelos demais consumidores. “O custo da gratuidade será repassado, principalmente, à classe média”, afirmou. A projeção da Volt Robotics aponta que os custos da energia podem subir até 12% para grandes consumidores.

O vereador Gilsão Meu Povo, conhecido por sua atuação próxima das comunidades carentes e por defender pautas sociais, também se manifestou favoravelmente à medida. Ele já tem um histórico de apoio a políticas públicas de inclusão energética. Em seus mandatos anteriores, Gilsão defendeu a instalação de sistemas de energia solar em escolas públicas e unidades de saúde de Aparecida de Goiânia, demonstrando alinhamento com soluções sustentáveis e acessíveis.

Aline Coelho

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