Em suas redes sociais, Rodrigues afirmou que sua presença na cerimônia se deve à importância do evento para o setor agropecuário brasileiro, especialmente para a região Norte

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), conhecido nacionalmente após ser flagrado em 2020 pela Polícia Federal com dinheiro escondido na cueca durante operação de combate ao desvio de recursos da Covid-19, integra a comitiva oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem à França. O grupo embarcou nesta quarta-feira, 4, rumo à Europa, onde Lula participará de agendas institucionais, incluindo a cerimônia de certificação do Brasil como país livre da febre aftosa, promovida pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), em Paris.
Segundo o próprio senador, o convite para integrar a delegação partiu do Palácio do Planalto e do Ministério da Agricultura. Em suas redes sociais, Rodrigues afirmou que sua presença na cerimônia se deve à importância do evento para o setor agropecuário brasileiro, especialmente para a região Norte.
A presença de Rodrigues na comitiva reacendeu críticas à escolha de representantes oficiais do governo em eventos internacionais. Além dele, fazem parte do grupo os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Giordano (MDB-SP) e os deputados Túlio Gadêlha (Rede-PE), Clodoaldo Magalhães (PV-PE) e Pedro Campos (PSB-PE).
Também integram a delegação oito ministros de Estado, o comandante da Aeronáutica, o diretor-geral da Polícia Federal, além dos presidentes da Fiocruz e da ApexBrasil. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi convidado, mas recusou o convite do presidente.
O episódio relembra o desgaste político sofrido por Rodrigues à época do escândalo, quando chegou a ser afastado temporariamente do Senado. Sua inclusão na missão oficial levanta questionamentos sobre os critérios do governo para compor delegações em viagens internacionais e reacende o debate sobre a imagem do Brasil no exterior.