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Haddad entra em férias em meio à pressão da Câmara contra aumento de imposto

Secretário-executivo assume comando da Fazenda durante votação de projeto que enfraquece proposta do governo sobre IOF

Foto: reprodução

Em meio ao avanço de um projeto que ameaça os planos de arrecadação do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciou férias nesta segunda-feira, 16, com retorno previsto para o dia 22. No período, quem assume o comando da pasta é o secretário-executivo, Dario Durigan.

A pausa do ministro, que inicialmente estava marcada para ocorrer entre os dias 11 e 20 de julho, foi antecipada conforme publicação feita no Diário Oficial da União em 5 de junho. A saída de Haddad ocorre justamente no dia em que a Câmara dos Deputados vota o requerimento de urgência de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que busca derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A proposta ganhou força após críticas de parlamentares à medida provisória idealizada pela equipe econômica, que eleva a taxação de investimentos isentos atualmente, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), colocou o PDL na pauta após pressão da oposição e até de aliados do governo.

A articulação representa um revés para o Ministério da Fazenda, que contava com a reformulação do decreto do IOF para aumentar a arrecadação. Segundo aliados de Haddad, o momento é delicado: “A votação pode enfraquecer a estratégia fiscal e expor a falta de coesão na base do governo”, afirmou um interlocutor da pasta.

A medida legislativa, se aprovada, pode anular parte do esforço do Executivo para fechar as contas públicas sem descumprir as metas fiscais.

Aline Coelho

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