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Lula resiste a estratégias digitais e preocupa comunicação do governo

Sem o engajamento direto do presidente, há temor de que a estratégia de comunicação fracasse

Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se mostrado resistente a seguir recomendações da equipe da Secretaria de Comunicação (Secom), mesmo após nomear o publicitário Sidônio Palmeira para comandar a pasta. A postura do chefe do Executivo tem gerado desconforto dentro do Partido dos Trabalhadores e levantado dúvidas sobre a efetividade das ações de reposicionamento da imagem do governo.

A decisão de Lula em colocar Sidônio no comando da Secom foi interpretada como tentativa de estancar a queda de popularidade registrada nos últimos meses. No entanto, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o presidente tem dificultado a adoção de uma comunicação mais dinâmica, especialmente nas redes sociais.

De acordo com um dirigente do PT, Lula até respeita o ministro, mas não aceita “ter sua postura moldada pela equipe de comunicação”. Para esse integrante do partido, “a verdade é que o presidente não gosta que ninguém mande nele”.

Um interlocutor próximo relatou que Lula “não quer virar um tiktoker” e evita gravar conteúdos curtos para plataformas digitais. Desde a campanha de 2022, o presidente prefere discursos mais densos e politizados, por acreditar que esse é o formato que condiz com sua trajetória. “Lula privilegia discursos e debates minimamente profundos”, observou Bergamo.

Enquanto isso, a equipe da Secom alerta que a geração atual de eleitores consome informação majoritariamente por meio das redes. Sem o engajamento direto do presidente, há temor de que a estratégia de comunicação fracasse.

Nos bastidores, também cresce a preocupação de que Sidônio Palmeira, frustrado com as limitações impostas pelo próprio Lula, abandone o projeto de permanecer até a campanha pela reeleição em ,2026.

Aline Coelho

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